Educação e Cultura

REIVINDICAÇÃO DE EDUCADORES

Greve dos professores segue com adesões, orientações para educadores que estariam sendo coagidos e caminhada nesta sexta

27/03/2014 08h53 - Atualizado em 27/03/2014 08h56

Da Redação 

O movimento grevista deflagrado na última segunda-feira, 24, tem ganhado contornos positivos segundo o educador Neurisvaldo Amorim, representante do Sintet na regional de Pedro Afonso. “Segunda-feira efetivamente começamos o movimento, na terça estivemos em Santa Maria reunidos com os companheiros da educação, que prontamente aderiram ao movimento, porque entenderam que a luta é de todos. Na quarta-feira o Sintet esteve em Pedro Afonso e tivemos a oportunidade de fazer importantes encaminhamentos junto à classe”, explica.

Durante a reunião realizada na quarta-feira, 26, a representante do Sintet Maria José foi enfática ao mencionar que o movimento é de extrema importância, pois esse é o momento dos educadores lutarem pelas melhorias. “Estamos emprenhados em mobilizar todos os educadores, estivemos em Fortaleza do Tabocão conversando com os companheiros de profissão, uma vez que lá a ingerência política é muito grande”.

Maria José mencionou ainda que em muitas escolas os diretores estão coagindo os servidores a não aderirem ao movimento, fato que muito a entristece por que, grande número dos diretores esquecem que originariamente são educadores em desvio de função.

A fala da representante do Sintet foi o estopim para que os educadores da Escola Alfredo Nasser, de Bom Jesus do Tocantins, presentes à reunião, se manifestassem e expusessem a situação de coerção que estão vivendo, segundo eles, que efetivamente não quiseram ter seus nomes revelados, temendo represálias, é comum a diretora da unidade de ensino mencionar que contrato na escola dela não pode ter filho, ser casada e menos ainda engravidar, fatores esses que segundo a gestora interferem no bom andamento das aulas.

Para o educador Marcos André Silva Oliveira, situações de opressão, como essas que publicamente são cometidas pela gestora do Alfredo Nasser, só ocorrem porque ainda há professores efetivos que se permitem ser coagidos, essa cadeia de opressão, só termina, quando ações efetivas são tomadas. “É necessário ir ao extremo, tornar público, mostrar à senhora gestora, que o cargo é transitório, ao contrário da condição de educador, que efetivamente permanece”, detalha.

No início da semana, a gestora da Escola Alfredo Nasser, Antônia Neves, negou que esteja coagindo professores a não participarem da greve. A unidade de ensino conta com sete professores efetivos e oito contratados.

Segundo a representante do Sintet, a diretora da Escola Alfredo Nasser, a exemplo de outros diretores, será notificada pelo jurídico do Sintet, e a situação será denunciada à Secretaria Estadual de Educação (Seduc) “essa iniciativa é necessária porque assegura aos educadores a tranquilidade no exercício de suas atividades, porque quando finalizar a greve sabemos que muitos gestores tentarão punir os professores que aderiram ao movimento”, afirma.

Durante a reunião realizada na quarta-feira, ficou decidido que que será realizada caminhada com os educadores de Pedro Afonso e região, nesta sexta-feira, 28, a partir das 8 horas, saindo da praça Coronel Lysias Rodrigues e percorrendo as principais ruas da cidade. “Convidamos todos os educadores, sociedade em geral, pais e alunos, porque essa causa não é apenas por melhorias salariais, mas acima de tudo pela moralização da educação tocantinense”, finaliza Neurisvaldo Amorim. (Com informações da Assessoria do Movimento Grevista)


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