Segurança e Justiça

Operação Renascimento

Justiça decreta prisão preventiva de 17 acusados de tráfico

08/03/2014 16h44 - Atualizado em 10/03/2014 11h35

Fred Alves

O juiz da Vara Criminal de Pedro Afonso, Miltom Lamenha de Siqueira, decretou na tarde da segunda-feira, 17 de fevereiro, a prisão preventiva dos 17 acusados dos crimes de tráfico de drogas e associação ao tráfico de drogas, presos na Operação Renascimento.

O delegado regional Wlademir Costa de Oliveira, responsável pela investigação, representou pela preventiva após apurar através das investigações, indícios concretos da participação dos envolvidos. Ele informou ainda que há provas suficientes da autoria e materialidade e individualizou a conduta de cada um dos suspeitos, identificando os grupos de atuação em que agiam.

Com a decisão continuam presos, por tempo indeterminado, Wanderson Alves da Silva (“Piolho”), Marcos Paulo Mendes Guida (“Marquito”), Eduardo Lira Cunha (“Duda”), Waldivan Barbosa Barros (“Dumal”), Andréia Aires Carvalho, Deusa Brito de Almeida, Rosangela Maria da Silva, Dione Lopes de Sousa, Sivaldo Amorim Borges, Gabriel Vinícius dos Santos Pinto (“Zóio”), Leandro Barros de Abreu, Fabiano Sousa da Luz (“Dudu”), Edvan Pugas de Oliveira, Geyson Pereira Grolla, Joel Lopes Castro (“Neguinho”) e Alamir Campos Pereira. Também foi decretada a prisão preventiva de Mauro Carneiro Cavalcante, o “Mauro Black”, que está foragido.

Alex Borges Pessoa também foi preso em decorrência das investigações da Operação Renascimento, mas não teve a prisão preventiva decretada, já que foi detido em flagrante por tráfico de drogas.

Diminuição de furtos e roubos
Na última sexta-feira, 14 de fevereiro, o delegado Wlademir Costa de Oliveira afirmou que após a prisão dos envolvidos, foi constatada a redução de delitos e furtos nas cidades de Pedro Afonso e Bom Jesus.

Segundo ele, de 1º de outubro a 20 de dezembro de 2013, foram registrados 27 casos de crimes contra o patrimônio em Pedro Afonso e oito em Bom Jesus. Do dia 20 de dezembro, data do desencadeamento da Operação Renascimento, até a última quinta-feira, 13 de fevereiro, houve diminuição de 29,6% dos casos em Pedro Afonso, o que corresponde a oito casos, e 37,5% em Bom Jesus, onde foram registrados três casos.

“O pedido de prisão preventiva também foi embasado pela diminuição na quantidade de delitos e no restabelecimento da ordem pública. Caso os presos forem soltos, podem retomar a venda de drogas e assim voltar a aumentar os índices de furtos e roubos anteriores a prisão” explica o delegado.

Wlademir Costa também informou que a Operação Renascimento vai desencadear novas investigações, devido ao fato de que outras pessoas estão dando continuidade ao tráfico de drogas na região. “A operação teve início com uma reclamação da própria comunidade junto ao Poder Judiciário ao Ministério Público, que encaminharam a denúncia para ser investigada. A comunidade contribuiu bastante para o êxito da ação e a Polícia Civil apresentou a resposta que a sociedade queria”, acrescenta Wlademir Costa.

Prisão preventiva
A prisão preventiva é um instrumento processual que pode ser utilizado pelo juiz durante um inquérito policial ou já na ação penal, devendo, em ambos os casos, estarem preenchidos os requisitos legais para sua decretação. O artigo 312 do Código de Processo Penal aponta os requisitos que podem fundamentar a prisão preventiva, sendo eles: a) garantia da ordem pública e da ordem econômica (impedir que o réu continue praticando crimes); b) conveniência da instrução criminal (evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando testumunhas ou destruindo provas); c) assegurar a aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do réu, garantindo que a pena imposta pela sentença seja cumprida). (Com informações da Rafaela Mazzola)
 

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