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Delegado pede prisão preventiva de 17 envolvidos na Operação Renascimento

14/02/2014 15h11 - Atualizado em 15/02/2014 11h41
Delegado pede prisão preventiva de 17 envolvidos na Operação Renascimento
Delegado Wlademir Costa pediu prisão preventiva de suspeitos

Rafaela Mazzola

A Polícia Civil de Pedro Afonso encaminhou para o Poder Judiciário o pedido de prisão preventiva dos 17 envolvidos na Operação Renascimento, acusados de tráfico de drogas. O pedido foi encaminhado ao juiz criminal Milton Lamenha de Sirqueira, depois segue para avaliação do Ministério Público Estadual que emite o parecer e devolve ao judiciário.

Foram solicitadas as prisões preventivas de Wanderson Alves da Silva (“Piolho”), Marcos Paulo Mendes Guida (“Marquito”), Eduardo Lira Cunha (“Duda”), Waldivan Barbosa Barros (“Dumal”), Andréia Aires Carvalho, Deusa Brito de Almeida, Rosangela Maria da Silva, Dione Lopes de Sousa, Sivaldo Amorim Borges, Gabriel Vinícius dos Santos Pinto (“Zóio”), Leandro Barros de Abreu, Fabiano Sousa da Luz (“Dudu”), Edvan Pugas de Oliveira, Geyson Pereira Grolla, Joel Lopes Castro (“Neguinho”), Alamir Campos Pereira e Mauro Carneiro Cavalcante, o “Mauro Black”, que está foragido. e Alamir Campos Pereira. Mauro Carneiro Cavalcante, o “Mauro Black”, está foragido. Alex Borges Pessoa não teve a prisão preventiva decretada, já que foi preso em flagrante.

Segundo o delegado da 11ª Regional de Pedro Afonso, Wlademir Costa de Oliveira, após a prisão dos envolvidos, foi constatada a redução de delitos e furtos nas cidades de Pedro Afonso e Bom Jesus.

De 1º de outubro a 20 de dezembro de 2013, foram registrados 27 casos de crimes contra o patrimônio em Pedro Afonso e oito em Bom Jesus. Do dia 20 de dezembro, data do desencadeamento da Operação Renascimento, até a última quinta-feira, 13 de fevereiro, houve diminuição de 29,6% dos casos em Pedro Afonso, o que corresponde a oito casos, e 37,5% em Bom Jesus, onde foram registrados três casos.

“O pedido de prisão preventiva também foi embasado pela diminuição na quantidade de delitos e no restabelecimento da ordem pública. Caso os presos forem soltos, podem retomar a venda de drogas e assim voltar a aumentar os índices de furtos e roubos anteriores a prisão” explica o delegado.

De acordo com Wlademir Costa, o prazo final para conclusão do inquérito, que possui cinco volumes, é na próxima segunda-feira, 17, e os envolvidos vão ser indiciados por tráfico ou associação ao tráfico, ou ambos os crimes, equiparados a crimes hediondos, portanto inafiançáveis. A pena varia de cinco a 15 anos de prisão e depende do histórico de cada um.

O delegado também informou que a Operação Renascimento vai desencadear novas investigações, devido ao fato de que outras pessoas estão dando continuidade ao tráfico de drogas na região. “A operação teve início com uma reclamação da própria comunidade junto ao Poder Judiciário ao Ministério Público, que encaminharam a denúncia para ser investigada. A comunidade contribuiu bastante para o êxito da ação e a Polícia Civil apresentou a resposta que a sociedade queria”, acrescenta Wlademir Costa. 

Prisão preventiva 
A prisão preventiva é um instrumento processual que pode ser utilizado pelo juiz durante um inquérito policial ou já na ação penal, devendo, em ambos os casos, estarem preenchidos os requisitos legais para sua decretação. O artigo 312 do Código de Processo Penal aponta os requisitos que podem fundamentar a prisão preventiva, sendo eles: a) garantia da ordem pública e da ordem econômica (impedir que o réu continue praticando crimes); b) conveniência da instrução criminal (evitar que o réu atrapalhe o andamento do processo, ameaçando testumunhas ou destruindo provas); c) assegurar a aplicação da lei penal (impossibilitar a fuga do réu, garantindo que a pena imposta pela sentença seja cumprida). 

O CNN acompanha os desdobramentos da Operação Renascimento e publicou na última edição impressa do jornal, um apanhado de toda a ação. Clique nos títulso e confira as matérias:

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