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A judoca Rafaela Silva perdeu a chance de se garantir pelo menos na repescagem na categoria até 57 kg nas Olimpíadas de Londres ao ser desclassificada diante da húngara Hedvig Karakas, devido a um golpe ilegal.
Após ser desclassificada da disputa, Rafaela desabou no tatame e chorou muito. Até a sua adversária foi tentar consolá-la ao final da luta, depois do anúncio da decisão dos juízes.
No combate válido pelas oitavas de final, os juízes chegaram a apontar um waza-ari para Rafaela no começo da luta, mas a arbitragem verificou o vídeo e decidiu desclassificar a brasileira por atacar a perna direita da adversária antes do desequilíbrio.
“Estou triste, treinei bastante pela medalha, mas sei que errei. Passou, agora é levantar a cabeça. Bola para frente. Sei que tinha chance, mas não deu dessa vez”, lamentou Rafaela em entrevista à Rede Record.
O golpe foi ilegal porque Rafaela começou seu ataque contra a húngara direto pela perna, o que foi proibido há três anos pela Federação Internacional de Judô. A brasileira dominava a luta e tinha forçado uma punição à rival antes de se precipitar.
Na luta anterior, Rafaela derrotou com tranquilidade a alemã Miryam Roper na estreia, com dois yukos. Caso vencesse a sua segunda luta, iria para as quartas de final e se garantiria ao menos na repescagem. Seguindo, teria a chance de disputar ao menos a medalha de bronze.
Descoberta no projeto social do medalhista olímpico Flavio Canto, a judoca da Cidade de Deus tem 20 anos e é a atleta mais jovem de toda a equipe brasileira de judô. Ela é campeã mundial sub-20 (2008), vice-campeã mundial sênior (2011) e medalha de prata no Pan de Guadalajara.